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12 de nov. de 2010

'Poema em Novembro'


Era Novembro e chovia na cidade.

Pairava um halo sobre as casas
um fastio dulcíssimo nos corpos.

Soavam fogos de harmonias
que falavam de outras eras
doutros sonhos, doutras águas

palavras que traziam novelos de palavras,
murmúrios, comércio de pequenas alegrias
que acendiam memórias doutros gestos

e uma flauta que ardia nos teus olhos
a melancolia esdrúxula de meus dias.

Vieira Calado
Em "Causas de Habituação", a publicar