Seja bem-vindo. Hoje é
9 de fev. de 2011
Viagem
Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro
Era longe o meu sonho e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos.)
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar.
Miguel Torga
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Belissimo poema !
ResponderExcluirabraços !
Os versos de Miguel Torga, são apaixonantes e inconfundíveis,
ResponderExcluirBelíssima escolha!
Mirze