Sou a raiva e a descrença
não batam à minha porta!
sou a criança e o sonho!
a vontade e a garra!
a saudade e a farsa!
Não!
hoje eu não abro a porta!
Poço de contradições
que nem eu própria desvendo
nesta sinceridade inteira
Pairo no limiar das dúvidas
entre a paixão e desânimo
e no entanto,
o Sol aquece o meu corpo
e o céu continua azul...
Uma tristeza me alumbra
na penumbra do crepúsculo
Não,
não batam à minha porta!
Sou a criança e o sonho
do lado de fora da vida
alguém que quer e não sabe
esgotar até à última gota
a gota que me é devida.
Luiza Caetano
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