(Tela de Edvard Munch)
Há um vazio redondo
que fere o silêncio e os gritos
como escarpas estilhaçadas ...
Há um abismo redondo
na poeira dos meus passos
um precipício de mêdo
tecido na rotina dos dias...
Há um esgar de ausência
em cada noite encostado
como se esperasse
um pássaro por amanhecer...
Um cansaço de acuçenas
amarelecidas pelo tempo
sangrando as esperas na arena,
as Primaveras, subitamente feridas,
se extinguem num vazio redondo
como um grito contra o muro.
luizacaetano
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