(Ben Goossens)
Há como que
uma nudez desabitada
em cada palavra
chicotada na raiva
duma rosa descolorida.
Como uma bandeira
teimosamente adejando
lâminas passionais,
nódoas de sangue
manchando o cristal
de outros momentos.
Tantas palavras por dizer!
Tantos sonhos por viver!
Tanto gesto expontâneo
aprisionado,
nas grades douradas
da distância.
Tanta ânsia
desfeita pelo tempo
dum efémero tempo de ser.
Tanto para dar!
Tanto para receber!
Tanto fogo! tanto lume
no sibilino gume
em que morremos.
luizacaetano
Mui estimada amiga,
ResponderExcluirFico surpreendida pela sua quase teimosia poética. Você viaja ao coração dos pássaros desenhando palavras, gestos e dedicações que só um grande coração - genuíno e altruísta pode abranger com a nobreza com que o faz.
Me sinto até emocionada por ver/ler tanta poesia e também a elegia aos poetas de Portugal. Aqueles que ainda lhe podem agradecer pelo sublime gesto,pela divulgação e registo deverão estar felizes como eu me sinto. Os outros? os que já voaram para Pasárgada, lhe cantarão loas por ainda serem lembrados (neste mundo de esquecidos). Grata querida amiga Maria Madalena. Um beijo em sua linda alma.