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29 de jul. de 2009

Tese e antítese



Nunca mais
E arrasto comigo pelo braço da esperança
As horas marejadas as pedras do desgosto
A fome de amor
A cavernosa rouca diamantina
Fome de amor

Nunca mais e sobre os altos silêncios
No tumulto insensato
À beira do abismo
Ressuscito
Os rostos bem amados
Traiçoeiros
Dou-lhes andas
Dou-lhes palhaços
A infância que não tive
E que perdi
A paz que não é minha

Nunca mais

Agora só há abismos não há rostos

Passem duendes príncipes Antinos
Mas de largo


Alberto de Lacerda
(1928-2007)Moçambique

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