JOSÉ RÉGIO
José Régio, pseudônimo de José Maria dos Reis Pereira,
natural de Vila do Conde (Portugal) e o seu nascimento data de 1901.
Em Vila do Conde, terra onde viveu até acabar o quinto ano do liceu, publicou os seus primeiros poemas nos jornais, O Democrático e República.
Aos dezoito anos, José Régio, foi para Coimbra, onde licenciou-se em Filologia Românica(1925) com a tese «As Correntes e As Individualidades na Moderna Poesia Portuguesa». Esta tese na época não teve muito sucesso, uma vez que valorizava poetas quase desconhecidos na altura, como Fernando Pessoa e Mário Sá-Carneiro, mas em 1941 foi publicada com o título Pequena História da Moderna Poesia Portuguesa.
Em 1927, com Branquinho da Fonseca e João Gaspar Simões, fundou a revista Presença, que veio a ser publicada, irregularmente, durante treze anos. Esta revista veio a marcar o segundo modernismo português, que teve como principal impulsionador e ideólogo, José Régio.
Este, também escreveu em jornais como, Seara Nova, Ler, O Comércio do Porto e o Diário de Notícias. Foi neste mesmo ano que José Régio começou a lecionar num liceu no Porto, mas isto foi só até 1928, pois a partir desse ano, passou a lecionar em Portalegre, onde esteve por mais que trinta anos.
Em 1966, Régio, voltou para Vila do Conde, onde veio a morrer em 1.969.
José Régio teve durante a sua vida uma participação ativa na vida pública, mantendo-se fiel aos seus ideais socialistas, apesar do regime autoritário de então, e também, seguindo os gostos do irmão, Júlio Saul Dias, expressou o seu amor pelas artes plásticas, ilustrando um dos seus livros.
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Como escritor, José Régio, dedicou-se ao ensaio, à poesia, ao texto dramático e à prosa. Refletindo durante toda a sua obra problemas relativos ao conflito entre Deus e o Homem, o indivíduo e a sociedade.
Usando sempre um tom psicologista e misticista, analisando a problemática da solidão e das relações humanas, ao mesmo tempo que levava a cabo uma auto-análise. José Régio é considerado um dos grandes vultos da moderna literatura portuguesa e recebeu em 1966 o Prêmio Diário de Notícias e em 1970 o Prêmio Nacional da Poesia. Hoje em dia, as suas casas em Vila do Conde e em Portalegre são casas-museu.
OBRA:
Poesia
• 1925 - Poemas de Deus e do Diabo.
• 1929 - Biografia.
• 1935 - As Encruzilhadas de Deus.
• 1945 - Fado (1941), Mas Deus é Grande.
• 1954 - A Chaga do Lado.
• 1961 - Filho do Homem.
• 1968 - Cântico Suspenso.
• 1970 - Música Ligeira.
• 1971 - Colheita da Tarde.
Ficção
• 1934 - Jogo da Cabra-Cega.
• 1941 - Davam Grandes Passeios aos Domingos.
• 1942 - O Príncipe com Orelhas de Burro.
• 1945 a 1966 - A Velha Casa.
• 1946 - Histórias de Mulheres.
• 1962 - Há Mais Mundos.
Ensaio
• 1936 - Críticas e Criticados.
• 1938 - António Botto e o Amor.
• 1940 - Em Torno da Expressão Artística.
• 1952 - As Correntes e as Individualidades na Moderna Poesia Portuguesa.
• 1964 - Ensaios de Interpretação Crítica.
• 1967 - Três Ensaios sobre Arte.
• 1977 - Páginas de Doutrina e Crítica da Presença.
Teatro
• 1940 - Jacob e o Anjo.
• 1947 - Benilde ou a Virgem-Mãe.
• 1949 - El-Rei Sebastião.
• 1954 - A Salvação do Mundo.
• 1957 - Três Peças em Um Acto.
Casa Museu José Régis
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