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16 de out. de 2013
Entras em mim descalça, vulnerável
...
Entras em mim descalça, vulnerável
como um alvo próximo, ferida
nos joelhos e nas coxas. Pelo tacto
nos conhecemos, é essa luz
oblíqua que nos cega. E te pertenço
e me pertences como
a lâmina
à bainha, a chama
ao pavio.
***
Onde é mais surda
a floresta
aí te penso
e escuto.
***
Com teus lábios
colhes
as maçãs precoces
do desejo.
***
Ao deserto
dos teus ombros
ofereço
os meus lábios.
***
Um gesto subtil
pode sem querer
pulverizar a pele,
calcinar abril.
***
O verde mais tenro morreria
se agora aflorasse a nossa pele.
Albano Martins
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