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18 de out. de 2013

O azul, o azul rouco...



O azul, o azul rouco, o azul
sem cor, luz gêmea da sede.
Acerca deste rigor
tenho uma palavra a dizer,

uma sílaba a salvar
desta aridez, asa
ferida, o olhar arrastado
pela pedra

calcinada, húmido
ainda de ter pousado
à sombra de um nome,
o teu.

amor do mundo, amor de nada.

Eugénio de Andrade




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